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Sobre o Amor...
terça-feira, 5 de maio de 2015
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
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Almas gêmeas existem?
Sobre Almas Gêmeas...
(entrevista concedida a Revista Capricho em Fevereiro/2008 )
Como a mitologia grega explica a existência de almas gêmeas? É algo entre homem e mulher apenas?
Um dos mitos gregos que ilustra bem a condição das almas gêmeas, é o proferido pelo comediógrafo Aristófanes no início da obra “O Banquete” (sobre o Amor) de Platão.
No famoso mito dos andróginos, os seres humanos, inicialmente, eram de três tipos: homem, mulher e andróginos. E também eram duplicados (dois em um só), unidos pelo umbigo. Tínhamos então, dois homens “colados”; duas mulheres também unidas e, por fim, o terceiro tipo, os andróginos, juntos e de sexo opostos.
Mas Zeus, o soberano do Olimpo, observa-os e constata que se tornaram muito presunçosos, auto-suficientes, felizes. Preocupado e temendo que resolvessem escalar os céus e investir contra os deuses, decide enfraquecê-los dividindo-os ao meio para que, na busca desesperada por sua “outra” metade esqueçam do poder que possuem.
Acontece que, quando qualquer um desses três tipos encontrava sua outra metade, ficava tão embasbacada e feliz que não faziam mais nada a não ser pensar no ardor de se fundirem novamente: enlaçavam-se com seus pares iguais e não se desgrudavam. Ficavam inertes, pois nada queriam fazer longe um do outro. Resultado: ao menos um, morria de inanição (fome). E o que sobrevivia, tornava a buscar novamente uma outra “metade”, fosse outro igual ou mesmo diferente.
Zeus, o ordenador do Cosmos, tomado de compaixão, temendo que se dizimassem, mudou-lhes o sexo para a frente, para que pudessem gerar novos seres.
Segundo esse mito, o amor entre almas gêmeas ocorre quando se encontra no outro algo que seja igual, idêntico àquilo que já se possui em si mesmo. É curioso que nesse mito, o amor de homem para homem seja valorizado como estando acima do amor homem-mulher. Isso porque o amor entre dois homens iguais é de uma ordem de idéias (ideal) e interesses comuns, e o grego hierarquizava o amor, colocando o amor espiritual acima do amor físico, sensual, carnal.
Todos nós temos uma ou elas são aspectos das divindades?
Não há como afirmar a existência de uma única alma gêmea. Somos polítropos, ou seja, somos muitos. Os homens, ao antromorficizarem os deuses, ou seja, dar-lhes características humanas, não fizeram mais do que retratar a si mesmos.
Os encontros e desencontros fazem parte do que você denomina “aspectos das divindades”. E como são diversos esses aspectos! Há a divindade do erotismo (Afrodite e seu filho Eros), a divindade do matrimônio (deusa Hera, patrona do casamento e dos amores legítimos), a divindade da desordem, do caos, do bacanal, da orgia (Dioniso, o deus do vinho e do êxtase) e etc. Todos eles fazem parte de nossa psyché (Alma) e, certamente, existem almas que, num determinado momento de nossas vidas, estarão sendo “mais gêmeas” com a nossa que qualquer outra.
O que a nossa alma gêmea tem a nos ensinar e por que ela nos faz falta?
Se nossa alma gêmea tiver algo a nos ensinar, certamente será sobre nós mesmos. Semelhante atrai semelhante (essa é a 1ª Lei da magia, segundo Sir James Frazer em "O Ramo de Ouro"). Ela nos faz falta porque Eros (o poder de união) é dos deuses mais antigos e a tendência (do grego pathós) do ser humano é sempre se unir. É por isso que quando essa tendência se dirige a uma pessoa de forma muito insistente, ela se torna uma patologia, ou seja, uma doença. E doença do coração, da alma, só se cura com a lucidez da razão.
Há algo que possamos fazer para encontrá-la?
Sem dúvida. Basta que estejamos predispostos a isso. O grande poeta Hesíodo (600a.C), na obra “Teogonia” esclarece que Zeus, o ordenador do Cosmos é kydistos.
Kydós (Vitória) é uma derivante de Kleós (Glória). Num combate entre dois guerreiros, àquele no qual Zeus encontraste o kydós (a marca da vitória) era destinado vencer, ou seja, o vencedor já sabia que sairia vitorioso da batalha porque tinha, trazia a vitória dentro de si.
Do mesmo modo, estamos na vida como entidades livres, leves e soltas. À partir do momento em que acalentamos o interesse amoroso, o desejo de união em nós, certamente isso será captado e apreendido por alguém que esteja também desejoso de amor. Eis o segredo! Ou melhor, não há segredo.
E sobre o amor platônico?
Para o senso comum, e assim está assentado, o amor platônico é o amor ideal, perfeito e portanto irrealizável. Ao menos por um tempo muito longo. Explico: o amor platônico se dá no campo mental, na idealização do ser amado. Acontece que tudo isso é muito lindo e maravilhoso no campo das idéias mesmo.
Mas a realidade é que vivemos aqui na terra, sujeitos às mudanças, aos humores e à corrupção de Chronos (Saturno, o deus do Tempo). Somos perecíveis, enrugamos, envelhecemos, a perfeição se esvai com o tempo. Mas isso não significa, necessariamente o fim do amor. Daí a necessidade de se ter maturidade para manter constância em cultivar o Amor, não somente da corpo, mas sobretudo da Alma. E vale a pena.
Como a mitologia grega explica a existência de almas gêmeas? É algo entre homem e mulher apenas?
Um dos mitos gregos que ilustra bem a condição das almas gêmeas, é o proferido pelo comediógrafo Aristófanes no início da obra “O Banquete” (sobre o Amor) de Platão.
No famoso mito dos andróginos, os seres humanos, inicialmente, eram de três tipos: homem, mulher e andróginos. E também eram duplicados (dois em um só), unidos pelo umbigo. Tínhamos então, dois homens “colados”; duas mulheres também unidas e, por fim, o terceiro tipo, os andróginos, juntos e de sexo opostos.
Mas Zeus, o soberano do Olimpo, observa-os e constata que se tornaram muito presunçosos, auto-suficientes, felizes. Preocupado e temendo que resolvessem escalar os céus e investir contra os deuses, decide enfraquecê-los dividindo-os ao meio para que, na busca desesperada por sua “outra” metade esqueçam do poder que possuem.
Acontece que, quando qualquer um desses três tipos encontrava sua outra metade, ficava tão embasbacada e feliz que não faziam mais nada a não ser pensar no ardor de se fundirem novamente: enlaçavam-se com seus pares iguais e não se desgrudavam. Ficavam inertes, pois nada queriam fazer longe um do outro. Resultado: ao menos um, morria de inanição (fome). E o que sobrevivia, tornava a buscar novamente uma outra “metade”, fosse outro igual ou mesmo diferente.
Zeus, o ordenador do Cosmos, tomado de compaixão, temendo que se dizimassem, mudou-lhes o sexo para a frente, para que pudessem gerar novos seres.
Segundo esse mito, o amor entre almas gêmeas ocorre quando se encontra no outro algo que seja igual, idêntico àquilo que já se possui em si mesmo. É curioso que nesse mito, o amor de homem para homem seja valorizado como estando acima do amor homem-mulher. Isso porque o amor entre dois homens iguais é de uma ordem de idéias (ideal) e interesses comuns, e o grego hierarquizava o amor, colocando o amor espiritual acima do amor físico, sensual, carnal.
Todos nós temos uma ou elas são aspectos das divindades?
Não há como afirmar a existência de uma única alma gêmea. Somos polítropos, ou seja, somos muitos. Os homens, ao antromorficizarem os deuses, ou seja, dar-lhes características humanas, não fizeram mais do que retratar a si mesmos.
Os encontros e desencontros fazem parte do que você denomina “aspectos das divindades”. E como são diversos esses aspectos! Há a divindade do erotismo (Afrodite e seu filho Eros), a divindade do matrimônio (deusa Hera, patrona do casamento e dos amores legítimos), a divindade da desordem, do caos, do bacanal, da orgia (Dioniso, o deus do vinho e do êxtase) e etc. Todos eles fazem parte de nossa psyché (Alma) e, certamente, existem almas que, num determinado momento de nossas vidas, estarão sendo “mais gêmeas” com a nossa que qualquer outra.
O que a nossa alma gêmea tem a nos ensinar e por que ela nos faz falta?
Se nossa alma gêmea tiver algo a nos ensinar, certamente será sobre nós mesmos. Semelhante atrai semelhante (essa é a 1ª Lei da magia, segundo Sir James Frazer em "O Ramo de Ouro"). Ela nos faz falta porque Eros (o poder de união) é dos deuses mais antigos e a tendência (do grego pathós) do ser humano é sempre se unir. É por isso que quando essa tendência se dirige a uma pessoa de forma muito insistente, ela se torna uma patologia, ou seja, uma doença. E doença do coração, da alma, só se cura com a lucidez da razão.
Há algo que possamos fazer para encontrá-la?
Sem dúvida. Basta que estejamos predispostos a isso. O grande poeta Hesíodo (600a.C), na obra “Teogonia” esclarece que Zeus, o ordenador do Cosmos é kydistos.
Kydós (Vitória) é uma derivante de Kleós (Glória). Num combate entre dois guerreiros, àquele no qual Zeus encontraste o kydós (a marca da vitória) era destinado vencer, ou seja, o vencedor já sabia que sairia vitorioso da batalha porque tinha, trazia a vitória dentro de si.
Do mesmo modo, estamos na vida como entidades livres, leves e soltas. À partir do momento em que acalentamos o interesse amoroso, o desejo de união em nós, certamente isso será captado e apreendido por alguém que esteja também desejoso de amor. Eis o segredo! Ou melhor, não há segredo.
E sobre o amor platônico?
Para o senso comum, e assim está assentado, o amor platônico é o amor ideal, perfeito e portanto irrealizável. Ao menos por um tempo muito longo. Explico: o amor platônico se dá no campo mental, na idealização do ser amado. Acontece que tudo isso é muito lindo e maravilhoso no campo das idéias mesmo.
Mas a realidade é que vivemos aqui na terra, sujeitos às mudanças, aos humores e à corrupção de Chronos (Saturno, o deus do Tempo). Somos perecíveis, enrugamos, envelhecemos, a perfeição se esvai com o tempo. Mas isso não significa, necessariamente o fim do amor. Daí a necessidade de se ter maturidade para manter constância em cultivar o Amor, não somente da corpo, mas sobretudo da Alma. E vale a pena.
Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.
Hierogamós - União Sagrada
Homoafetividade...
Aristófanes insistirá no poder que o Amor possui e versará sobre sua natureza histórica. Com o seu criativo mito dos andróginos, legitimará a homoafetividade e a desenfreada busca pelo que denominamos “almas gêmeas”.
Eis que os seres humanos, inicialmente eram de três tipos: homem, mulher e andróginos. E eram também duplicados e unidos pelo umbigo (a narrativa desse belo mito está disponível no Blog sobre o Amor: "Sobre Almas gêmeas").
Zeus, temendo a presunção de tanta auto-suficiência, para enfraquecê-los, divide-os em dois e cada uma das partes passará a vida à procura de sua outra metade original, que pode ser um outro homem, caso o original tenha sido a união de dois homens, uma mulher, em busca de outra ou um homem e uma mulher que se anseiam, caso dos andróginos.
Para Aristófanes, o Amor é justamente essa busca constante e incansável por sua outra metade a fim de se restabelecer o original e primitivo “todo”.
"Não se trata somente de união sexual, mas de 'uma coisa' que a alma de um quer da alma do outro. Sobre essa “coisa” a alma não pode dizer, mas “advinha” o que quer e indica por enigmas".
Leia mais no artigo desse Blog "O Banquete - Platão".
Eis que os seres humanos, inicialmente eram de três tipos: homem, mulher e andróginos. E eram também duplicados e unidos pelo umbigo (a narrativa desse belo mito está disponível no Blog sobre o Amor: "Sobre Almas gêmeas").
Zeus, temendo a presunção de tanta auto-suficiência, para enfraquecê-los, divide-os em dois e cada uma das partes passará a vida à procura de sua outra metade original, que pode ser um outro homem, caso o original tenha sido a união de dois homens, uma mulher, em busca de outra ou um homem e uma mulher que se anseiam, caso dos andróginos.
Para Aristófanes, o Amor é justamente essa busca constante e incansável por sua outra metade a fim de se restabelecer o original e primitivo “todo”.
"Não se trata somente de união sexual, mas de 'uma coisa' que a alma de um quer da alma do outro. Sobre essa “coisa” a alma não pode dizer, mas “advinha” o que quer e indica por enigmas".
Leia mais no artigo desse Blog "O Banquete - Platão".
sobre nossa Alma...
Que sorte! Eu já levei um tiro!
Quanto + consciência da finitude...
Mais valoramos a vida.
Na noite de 14 de março de 1997, numa tentativa de assalto, mesmo sem reagir, fui atingida nas costas.
Foi muuuuuita sorte!
Decididamente, a experiência de quase-morte é algo simplesmente fantástico! E de uma magia inenarrável.
Ninguém viveu essa experiência de modo tão angustiantemente lúcido quanto o juiz Ivan Ilitch, personagem de León Tólstoi. Escrevi sobre o magistrado. Busque na relação de "artigos do Blog".
Quanto a mim, é como se Ivan tivesse tido outra oportunidade.
"Ensina-me a morrer, a única forma de eu aprender a viver com a consciência de que todos os dias da minha vida são frágeis e temporários, e, por isso, valiosos. Concede-me essa dádiva, e eu prometo que não irei estragá-la com a ganância própria dos desesperados". João Pereira Coutinho.
Foi muuuuuita sorte!
Decididamente, a experiência de quase-morte é algo simplesmente fantástico! E de uma magia inenarrável.
Ninguém viveu essa experiência de modo tão angustiantemente lúcido quanto o juiz Ivan Ilitch, personagem de León Tólstoi. Escrevi sobre o magistrado. Busque na relação de "artigos do Blog".
Quanto a mim, é como se Ivan tivesse tido outra oportunidade.
"Ensina-me a morrer, a única forma de eu aprender a viver com a consciência de que todos os dias da minha vida são frágeis e temporários, e, por isso, valiosos. Concede-me essa dádiva, e eu prometo que não irei estragá-la com a ganância própria dos desesperados". João Pereira Coutinho.
Família é a base da Sociedade
SEXO: Origem das Famílias
Dioniso: O "Rei" da Balada!
E por falar em Dionisismo...
O Albatroz
Charles Baudelaire
Às vezes, por prazer, os homens de equipagem
Pegam um albatoz, enorme ave marinha,
Que segue, companheiro indolente de viagem,
O navio que sobre os abismos caminha.
Mal o põem no convés por sobre as pranchas rasas,
Esse senhor do azul, sem jeito e envergonhado,
Deixa doridamente as grandes e alvas asas
Como remos cair e arrastar-se a seu lado.
Que sem graça é o viajor alado sem seu nimbo!
Ave tão bela, como está cômica e feia!
Um o irrita chegando ao seu bico em cachimbo,
Outro põe-se a imitar o enfermo que coxeia!
O poeta é semelhante ao príncipe da altura
Que busca a tempestade e ri da flecha no ar;
Exilado no chão, em meio à corja impura,
A asa de gigante impedem-no de andar.
Tradução de Guilherme de Almeida
Pegam um albatoz, enorme ave marinha,
Que segue, companheiro indolente de viagem,
O navio que sobre os abismos caminha.
Mal o põem no convés por sobre as pranchas rasas,
Esse senhor do azul, sem jeito e envergonhado,
Deixa doridamente as grandes e alvas asas
Como remos cair e arrastar-se a seu lado.
Que sem graça é o viajor alado sem seu nimbo!
Ave tão bela, como está cômica e feia!
Um o irrita chegando ao seu bico em cachimbo,
Outro põe-se a imitar o enfermo que coxeia!
O poeta é semelhante ao príncipe da altura
Que busca a tempestade e ri da flecha no ar;
Exilado no chão, em meio à corja impura,
A asa de gigante impedem-no de andar.
Tradução de Guilherme de Almeida
Para ser um(a) velhinho(a) legal:
Quando? Quanto antes melhor.
Ó Senhor, tu sabes melhor do que eu que estou envelhecendo a cada dia.
Sendo assim, Senhor, livra-me da tolice de achar que devo dizer algo em toda e qualquer ocasião.
Livra-me também, Senhor, deste desejo enorme de querer pôr ordem na vida dos outros.
Ensina-me a pensar nos outros e ajudá-los sem jamais me impor, mesmo considerando a sabedoria que, sem falsa modéstia, acumulei e que penso ser uma lástima não passar adiante.
Tu sabes, Senhor, que desejo preservar alguns amigos e uma boa relação com os filhos. E que só se preserva os amigos quando não há intromissão na vida deles.
Livra-me, também, Senhor, da tolice de querer contar tudo com detalhes e minúcias e dá-me asas para voar diretamente ao ponto que interessa.
Não me permita falar mal de alguém.Ensina-me a silenciar sobre minhas dores e doenças. Elas estão aumentando e, com isso, a vontade de descrevê-las vai crescendo a cada ano que passa.
Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria a descrição das doenças alheias; seria pedir muito. Mas, ensina-me, Senhor, a suportar ouvi-las com paciência.
Ensina-me a maravilhosa sabedoria de compreender que posso estar errada em algumas ocasiões. Já descobri que pessoas que acertam sempre são maçantes e desagradáveis.
Mas, sobretudo, Senhor, nesta prece de envelhecimento peço-Te: mantém-me a pessoa mais amável possível.
Por favor, livra-me de ser santo(a). É difícil conviver com os santos.
Mas um(a) velho(a) rabugento(a), Senhor, convenhamos, é obra-prima do coisa ruim. Assim seja!
(desconheço a autoria)
Sendo assim, Senhor, livra-me da tolice de achar que devo dizer algo em toda e qualquer ocasião.
Livra-me também, Senhor, deste desejo enorme de querer pôr ordem na vida dos outros.
Ensina-me a pensar nos outros e ajudá-los sem jamais me impor, mesmo considerando a sabedoria que, sem falsa modéstia, acumulei e que penso ser uma lástima não passar adiante.
Tu sabes, Senhor, que desejo preservar alguns amigos e uma boa relação com os filhos. E que só se preserva os amigos quando não há intromissão na vida deles.
Livra-me, também, Senhor, da tolice de querer contar tudo com detalhes e minúcias e dá-me asas para voar diretamente ao ponto que interessa.
Não me permita falar mal de alguém.Ensina-me a silenciar sobre minhas dores e doenças. Elas estão aumentando e, com isso, a vontade de descrevê-las vai crescendo a cada ano que passa.
Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria a descrição das doenças alheias; seria pedir muito. Mas, ensina-me, Senhor, a suportar ouvi-las com paciência.
Ensina-me a maravilhosa sabedoria de compreender que posso estar errada em algumas ocasiões. Já descobri que pessoas que acertam sempre são maçantes e desagradáveis.
Mas, sobretudo, Senhor, nesta prece de envelhecimento peço-Te: mantém-me a pessoa mais amável possível.
Por favor, livra-me de ser santo(a). É difícil conviver com os santos.
Mas um(a) velho(a) rabugento(a), Senhor, convenhamos, é obra-prima do coisa ruim. Assim seja!
(desconheço a autoria)
"Não se trata somente de união sexual, mas de “uma coisa” que a alma de um quer da alma do outro"
Compartilhar é uma benção.
"Oi Lu, me perdoe por ter invadido sua página, mas a causa e nobre.
Meu filho vai se casar no dia 15/11/2008. Ele e sua noiva já moram juntos, tem um bebê com apenas 9 meses, e querem colocar suas vidas sobre o altar, querem abençao de Deus.
Mas os dois estão desempregados para o meu filho eu aluguei o terno não haverá festa, mas se Deus permitir eu mesma farei um Bolo para eles cortarem na Igreja.
Agora a minha preocupação é a noiva ela não tem o vestido faltam apenas 19 dias para o casamento e eu também não tenho como ajudá-la estava muito triste e Deus tocou em meu coração para procurar no Orkut e na procura encontrei você, gostaria de saber se você não tem um vestido de noiva para emprestar a ela e depois nós devolveremos para sua igreja.
Mais uma vez me perdoe por invadir sua pagina só quero a felicidade dos dois seja completa.
Fica na paz do Senhor obrigada.
"Recebi esse scrap em minha página no Orkut. Estou tão feliz em poder contribuir com a felicidade de uma alma desconhecida, que gostaria de compartilhar essa alegria com vocês amigos.
E você? Não há algo "encostado" em seu armário que possa fazer alguém feliz?
Meu filho vai se casar no dia 15/11/2008. Ele e sua noiva já moram juntos, tem um bebê com apenas 9 meses, e querem colocar suas vidas sobre o altar, querem abençao de Deus.
Mas os dois estão desempregados para o meu filho eu aluguei o terno não haverá festa, mas se Deus permitir eu mesma farei um Bolo para eles cortarem na Igreja.
Agora a minha preocupação é a noiva ela não tem o vestido faltam apenas 19 dias para o casamento e eu também não tenho como ajudá-la estava muito triste e Deus tocou em meu coração para procurar no Orkut e na procura encontrei você, gostaria de saber se você não tem um vestido de noiva para emprestar a ela e depois nós devolveremos para sua igreja.
Mais uma vez me perdoe por invadir sua pagina só quero a felicidade dos dois seja completa.
Fica na paz do Senhor obrigada.
"Recebi esse scrap em minha página no Orkut. Estou tão feliz em poder contribuir com a felicidade de uma alma desconhecida, que gostaria de compartilhar essa alegria com vocês amigos.
E você? Não há algo "encostado" em seu armário que possa fazer alguém feliz?
Na fase 1 creme p/ cada dedo, rs...
Afrodite só perde para Chronos!
Afrodite, e seu filho Eros, divindades mais antigas. Nascida do esperma dos órgãos genitais de Urano (Ouranós, o Céu), ceifado por Chronos (Saturno, o tempo).
Deusa do amor, personifica o poder da beleza que promove o encontro, a união.
Se subdivide em: Urânia (celestial) e Pandêmia (pan = todos e demos = povo, a Popular).
Eis que Chronos (Saturno) engole seus filhos (tudo o que gera). É que o "Tempo" devora tudo o que cria.
Deusa do amor, personifica o poder da beleza que promove o encontro, a união.
Se subdivide em: Urânia (celestial) e Pandêmia (pan = todos e demos = povo, a Popular).
Eis que Chronos (Saturno) engole seus filhos (tudo o que gera). É que o "Tempo" devora tudo o que cria.
Eis que até uva, passa.
O Belo passa e também permanece
Imortal?
Nymphés são coisas de Zeus
Costanza Pascolato
1ª Lei de Zeus por uma distinta virginiana
Para viver bem e ser feliz, é preciso:
1- Observar com profundidade, em todos os detalhes e níveis você e o mundo à sua volta.
2- Entender como você se insere neste mundo para poder saber o que quer dele e de você mesma.
3- Ir atrás desses seus objetivos com toda sua força de vontade e disciplina.
4- Tudo isso sem perder a elegância e sem NUNCA, JAMAIS, desrespeitar ou ferir o outro.
1- Observar com profundidade, em todos os detalhes e níveis você e o mundo à sua volta.
2- Entender como você se insere neste mundo para poder saber o que quer dele e de você mesma.
3- Ir atrás desses seus objetivos com toda sua força de vontade e disciplina.
4- Tudo isso sem perder a elegância e sem NUNCA, JAMAIS, desrespeitar ou ferir o outro.
Dona de casa, housewife, do lar...
A função mais nobre e honrosa de uma Rainha é cuidar do lar, do amor e seus frutos!
E antes mesmo de tudo isso, atente ao ETHOS (caráter, hábito, conduta) do Rei que elegerá a semear seus frutos.
Caso se engane, penso que o melhor seja corrigir o erro o quanto antes. Convém esclarecer que, para Sócrates porém, o engano é uma falta de sabedoria, portanto, uma falta na virtude e como tal não é belo. Radical, hein? Já Pausânias, no Banquete (Platão), diz que mesmo passível de cometer um engano, um erro de pessoa, quem ama verdadeiramente é digno de nobreza.
E antes mesmo de tudo isso, atente ao ETHOS (caráter, hábito, conduta) do Rei que elegerá a semear seus frutos.
Caso se engane, penso que o melhor seja corrigir o erro o quanto antes. Convém esclarecer que, para Sócrates porém, o engano é uma falta de sabedoria, portanto, uma falta na virtude e como tal não é belo. Radical, hein? Já Pausânias, no Banquete (Platão), diz que mesmo passível de cometer um engano, um erro de pessoa, quem ama verdadeiramente é digno de nobreza.
Para Sempre
Por que Deus permite que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite, é tempo sem hora
luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido na pele enrugada,
água pura, ar puro, puro pensamento.
Morrer acontece com o que é breve e
passa sem deixar vestígio.
Mãe na sua graça, é eternidade.
Por que Deus se lembra
-mistério profundo-
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre junto de seu filho e ele,
velho embora, será pequenino
feito grão de milho.
Andrade, Carlos Drummond de, 1902 – 1987. A Palavra mágica, 13ªed. – Rio de Janeiro. Record 2007
Mãe não tem limite, é tempo sem hora
luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido na pele enrugada,
água pura, ar puro, puro pensamento.
Morrer acontece com o que é breve e
passa sem deixar vestígio.
Mãe na sua graça, é eternidade.
Por que Deus se lembra
-mistério profundo-
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre junto de seu filho e ele,
velho embora, será pequenino
feito grão de milho.
Andrade, Carlos Drummond de, 1902 – 1987. A Palavra mágica, 13ªed. – Rio de Janeiro. Record 2007